sábado, 9 de outubro de 2010

Sônia

Em saber-te longe bate saudade.
Embora seja também desgosto,
Que é contrário ao meu gosto;
Quero aninhar-me em teus braços.

Luzes de ponto sem fim.
Estrada dentro da noite.
Noite que há dentro de mim.

A esperança nasce morta.
Eu nessa vida torta.
Esqueci a chave da porta.
Sem você nada importa.

No mundo adverso das grades.
Liberdade proibida.
Passado ata nó que não desato.
Presa, sou teu prisioneiro.

Eu sinto algo delicioso,
Que germina com intensa fúria.
Mas, você, ao lado do meu lado carente,
Simboliza o vazio.

Força contrária que me amordaça.
O meu nada ter, o muito a oferecer.
Mais sinto que a amo,
Mais sinto que a perco.

Da paixão você conheceu a dor.
Arma usada pra maltratar o meu amor!

Marco Pezão

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