sexta-feira, 3 de junho de 2011

Miró de Muribeca

Coisa doida, mano. Casa das Rosas e lembranças

arejado corredor

janelas onde

revejo

avenida paulista em pernas cruzadas, além

paisagens fartas riem a querer mais. O além existe

Caboclo Marajoara

infiltrado

gargalha ruas

e trafica alegria

rojão de reveion

explodiu no quintal vizinho

e o pernambacana deu linha na pipa

Deu linha à quebrada paulistana

frases soltas ouvidos atentos

o cara tem talento mas é lento

enxuga mais seu porra

o teu livro só vai ter a capa. O teu presente é uma toalha

É dinheiro que você quer? Vila Fundão transbordou o poeta

mano, deixei minha carteira ali e sumiu.

Daqui pra Lapa é dois palitos

Falta muito?

15 minutos

iche, seu porra! Faz hora e meia que você tá dizendo isso. É quinze minutos? Tá bom

vou mijar aqui no ônibus. Não aguento mais

tenho a bixiga solta

todo mundo ouvindo

desesperado mijo alcançou o banheiro de um estacionamento

Elza caga na rua e não limpa a bunda. Santa Cecília

Conheço o cara faz 20 anos e ele não falha

tô seguindo o bicho. É hoje. E se o homem não vier?

tô dizendo, conheço o cara faz 20 anos. Ele não falha. É palmeirense

iche! Agora fudeu. Campo Limpo é a maior limpeza

mas sair sem se despedir da Otília, sujou!

sarau na casa do Mario

poesia na carne. Lima. Ô manco!

quando roubaram a bicicleta de Belinha

Deus saiu pedalando

no improvisado palco

e antes de pegar o foguete, deitou o cabelo

nas vizinhanças. Tem gente demais subindo a brigadeiro

helicóptero pousa bituca no pão de açucar

doce poesia ilustrada

o carnaval dos chegados de origem. Dei ninja

A gordinha do poste, no bar da Lapa. Iche. não tá comendo ninguém

o gole, o trago

a estrada

do centro à periferia. Mila, Louro, Penelope, o banho de balde, Mituzi

tá me tirando? O caso da sandalha.

batalha. Y love laje, Miró!