sábado, 27 de fevereiro de 2010

Estação Sarau - Embarque nessa!

Projeto Encontros, Sarau do Metrô Santa Cecília, parada obrigatória para quem gosta de poesia...

Poetas, a plataforma indica boas vindas. No Metrô Santa Cecília, toda última terça-feira do mês, das 18 às 20 horas, homenageia-se um sarau diferente, entre os tantos registrados em nosso mapa da poesia.

E, desta vez, ao findar fevereiro, o Sarau Politeama desembarcou em nossa estação no dia 23.

O nome Politeama tem sua origem no grego polýs, “muito”, mais théama, “espetáculo”: teatro para vários gêneros.

Da reunião em casa de amigos, a ideia ganhou pernas, os versos buscaram abrigo e o Sarau Politeama encontrou pousada no Bar Fidalga 33, na Vila Madalena, onde, na terceira terça-feira de cada mês, às 20h46, as asas da criação se renovam lúcidas.

Microfone aberto, a apresentadora Maria Tereza deu início à programação.

Os poetas, com seus poemas e canções, transformaram duas horas num hiato de tempo, no paulistano tempo corrido, vai e vem de milhares de pessoas em rotas (in)definidas sobre trilhos.

Aberto ao público presente, as inscrições remetem à segunda parte do concerto, o palco é livre de qualquer posse.

Cada qual, cada tema, todas as vozes. O versejar flui. Os aplausos concedem respeito e intensificam o relacionamento. Novas amizades em torno deste movimento cultural que hoje ponteia os quatro cantos de nossa megacidade.

E, na arte de poetar, absolutamente democrática, não há idade para se descobrir ou redescobrir o belo que nos cerca, ou mesmo aquilo que punge.

Sarau Politeama – amada apresentação – no Espaço Encontros, com o apoio da Poiesis – Organização Social de Cultura e da Companhia do Metropolitano de São Paulo.

Agradecimentos à Folha de S.Paulo, pela cobertura do evento, entrevistando a poetisa Barbara Leite, responsável pelo Sarau Politeama.

Pela Poiesis, trabalharam, na organização, Érica Peçanha, Cristina Nolli e Marco Pezão. Participação do assessor de imprensa Dirceu Rodrigues.

Rasgando o subsolo, os trilhos seguem paralelos. Os caminhos é que se encontram.

Poetas, a nossa poesia tem hora e local marcados!

O Sarau do Metrô Santa Cecília homenageia em 29 de março, na terça-feira, das 18 às 20 horas, o Sarau da Cesta, da USP.

Venha prestigiar e receba o abraço do tamanho de um trem.


Seja bem-vindo! A festa do verso já vai começar...

Apareça por aqui e conheça os participantes do atual movimento poético...

Calma, gente, não precisa se afobar!
Maria Tereza é apresentadora do Sarau Politeama.

Em cena, abrindo o enlace, Marco Vilane envereda trilha...

Assistência atenta.

O que segue são palavras que despertam e fazem pensar...

Silêncio, não é preciso pedir...

À esquerda, a poetisa Barbara Leite concede entrevista à jornalista da Folha de São Paulo, ladeada pela produtora cultural Cristina Nolli e o assessor de imprensa Dirceu Rodrigues, da Poiesis.

A poesia falada prende e liberta...

O público é derivado da importância...

Segue o espetáculo: Flávia Peres...

Poesia e fotografia em ação: Luciano Luz...

Maria Tereza enaltece...

Cezar Veneziane, o poeta e o livro...

Divertida e curtida, a poesia de Cler...

Provocação. Reações gerais...

Rapaziada esperta, apreciadores. É no hoje que o futuro embala.

Um leque de motivos ventila graça em brisa.

A leitura e interpretação de Voldetti.

O cordel arrojado do versador Carlos Galdino...

Torna ciência...

E tatua na boca um riso...

Opa! Chegaram convidados inesperados...

Adriana Alves inspira sequência...

Doura a pílula de Luiz Roberto...

A plateia com pressa perde o vapor...

Ares de pura fragrância. Sonoridade. A cantora Andréa Costa Lima e Tércio Guimarães...

Dá pra sentir o apego?

Essa turma é real incentivo, espelham além...

Paulo Almeida se apresenta...

Escultura peculiar...

Assistência bonita deu foto, foco...

Enfoque ao declamo de Tiago Araújo...

Barbara Leite é fogo que arde e não se vê, Politeama...

Quarto em desordem. Drummond na voz de Dirceu Rodrigues...

O Serginho Milliet ficou no banco esperando para declamar...

Alan Vidigal: o nível do recital se eleva e enleva...

Clayton Silva mantém a sintonia...

Regina Zamura, a arte de poetar...

Fica a despedida. Até, Manoel de Aguiar...

Sentimos muito, pessoal! Tem que chegar mais cedo...

Ah, entendi! Você perderam a carona...

Da outra vez, é melhor embarcar no bonde...

Obrigado Sarau Politeama, nos veremos em próximo encontro!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Casa cheia no Sarau da Casa


Noite em lua crescente, sabadão, 20/02, poetas reunidos na Casa das Rosas, na avenida Paulista, para mais um encontro mensal do já badalado Sarau da Casa.

Como sempre acontece, sob o comando do poeta Frederico Barbosa, dois poetas convidados, diferentes em suas temáticas, o Binho e a Virna Teixeira, abriram a programação.

Entrevistados, contaram fatos de suas carreiras. Declamaram versos e interpretaram, um do outro, poesias consagradas em seus livros.

Binho, de nome Robinson Padial, autor de dois livros - Postesia e Donde Miras – realiza há quase seis anos o Sarau do Binho, todas as segundas feiras, às 21 horas, em seu bar, Campo Limpo, sudoeste da capital paulista.

Virna Teixeira é poeta e tradutora. Nasceu em Fortaleza e graduou-se em Medicina. Mora em São Paulo há vários anos, onde trabalha como neurologista. Entre outros, publicou os livros de poemas: Visita (2000) e Distância (2005). Traduziu da poesia escocesa, Na estação central, de Edwin Morgan.

Na segunda parte desta noite consagrada à poesia, a animação ganhou volume. Mais de trinta poetas vindos de diferentes bairros de São Paulo se inscreveram e declamaram poemas próprios ou de autores diversos.

Para encerrar, a calorosa apresentação do Trio Verde Novo. Ainda, como despedida, o poeta Binho retornou ao palco e o improvisado som e poesia fechou o evento no maior astral.

A particularidade dos temas apresentados chama atenção e os anônimos trovadores enriquecem o atual movimento poético.

A Poiesis - Organização Social de Cultura, em seu último mapeamento, apontou cinqüenta e cinco pontos de encontros na cidade e Grande São Paulo, além de outros no interior e litoral, onde os Saraus acontecem e a poesia é celebrada e discutida.

Família! É a nossa poesia! É a nossa poesia em corpo e ação.

São Paulo, com certeza, continua poluída. Mas, na Avenida Paulista, nas imediações da Casa das Rosas, o ar é sempre mais leve.

O próximo Sarau da Casa acontece em 20/03, às 20h, e terá a presença dos poetas convidados, Caco Pontes e Antonio Miranda.


Participe!

Tire o poema da gaveta, faça-o vibrar em sua voz...


O poeta Frederico Barbosa comanda o Sarau da Casa...

Os convidados Virna Teixeira e Binho contam experiências...

Binho fala de seu primeiro livro, Postesia, e a artimanha de reaproveitar as placas de propaganda política, que, pintadas em versos, retornavam aos postes...

A poeta Virna Teixeira recorda momentos de sua carreira...

Sirenes

Aqui onde existe cidade em mim
É quase noite no meu ser
Meus homicidas estão me esperando
Já ouço as sirenes vindo me buscar
As estrelas estão todas do meu lado
Eu vi uma lua indo para São Paulo
Eu nunca sei de que lado as sirenes estão

chinatown

da bolsa de mão deixa cair a arma
a dupla identidade da assassina

suspense na sala de espelhos
disparos na sombra, estilhaços

'em shanghai é preciso mais que sorte'

na costa do atlântico
um vórtice de tubarões feridos
tinge de sangue o oceano

o sol evanesce no poente

Público atento acompanha casa palavra...

Começa a segunda parte do sarau e o agito dos poetas inscritos...