terça-feira, 2 de novembro de 2010

A quem eu chamo rosa

Descobri em ti formosura. O desabrochar da flor...

A paixão, cada dia passado, toma forma. Em meu julgar radiante. Gotas de chuva, em mim, são lágrimas; a ti agraciam tuas pétalas. Espinhos são acúleos e não te ferem. Protegem...!

Não padeces e projetas imensidão. Rompes delírio e triunfas raios de sol...

Reconheces minha admiração e não se atém. Conhecer a si mesma é aventura. Teimo em conquistá-la e sou mais um a amparar tua beleza...

Pertences ao mundo, ó jovialidade. Sonhos. Em dividir atenção atendes; e clama em favor da natureza. E tudo, o todo a passar...

Eu somente outro enamorado espectador do teu encanto...


Possuo e não há tenho. Sublime momento quando o pólen germina aurora. Estás pronta. És plena...

Em revoada os pirilampos. Um aqui, outro acolá, contra meu desejo; lumes se apagam mais rápido que lento...

Perfeita magnitude, também sombras invadem...

Altiva, aceita o sorriso entristecido...

E, por fim, soma à morte; real composição do tempo...

Em mim, a verde folha vive quanto mais...


À espera, talvez, do renascer...

A quem eu chamo rosa....

(Pra Otília, pois dela um ramo outro fez a criação)

Um comentário:

  1. Que encanto de foto poesia;

    "Sublime momento quando o pólen germina aurora. Estás pronta. És plena..."
    ...............................................
    "Em revoada os pirilampos. Um aqui, outro acolá, contra meu desejo; lumes se apagam mais rápido que lento..."


    Parabéns Pé!

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