sexta-feira, 4 de março de 2011

Eco

Viajem no tempo! Europa, África
Velho Continente, berço da civilização...
E o que nos toca na memória?
É! O mundo tem sido confusão.
Desde os séculos antigos, ainda,
Bem antes de Cristo...
Até o pipocar de nossos dias,
A guerra e a exploração têm sido constantes
Entre os povos e nações reinantes...

Dominação! Revolução! Evolução!
Política Social Econômica!
Industrial Medicinal Sexual!
“Crescei e multiplicai-vos...”
Diz a lei seguida fielmente.
Os homens se espalharam pelo globo
Dotados do poder da invenção...
Donos de um apetite voraz...
Cria, come e consome bicho homem.
Mais come e consome do que cria!

A nossa tecnologia,
Graças à inteligência humana
Nos permite ver, rever e antever
Situações passadas e vindouras.
São as bombas pacíficas...
É o gás, a nuvem, o cogumelo radioativo.
E o efeito estufa, estufa, estufa!
Bunnndas! Bunnndas! Bunnndas!
Viram vírus, vírus, vírus...

Todos falam em paz
Mas só guerra semeiam
E depois de muito papo
Fogo na terra ateiam!

O homem Senhor, se diz senhor do mundo
E põe em risco toda a criação.
Ao lado das glórias perseguem as trevas...
Por Allah, Deus, nossos deuses...
A quem apelar? Se o humano ser
Em sua desvairada aventura...
Perdeu a consciência
E o nosso timoneiro maior abandona a nave
E se oculta no universo?

Senhores do poder!
Desviem os olhos da morena na praia
E olhem os morros do Rio!
E aí vejam o retrato do Brasil!
Eterna torre de Babel...
Vozes ecoam pelo planeta...
Preconceitos, egoísmos, ambições...
Vietnã, Kosovo, Líbano, Palestina,
Timor...te, Afeganistão, Iraque, Carandiruuuuú...
Africanos, asiáticos, europeus, americanos, brasileiros...
É humanidade o que a vida pede...
É Humanidade, a vida responde!

Humanidade! Prendem nossos filhos!
Humanidade! Matam nossos filhos!
Humanidade! Queimam nossas florestas!
Humanidade! Poluem nosso ar, mares e rios!
Tudo em nome do nosso consumo!
Tudo em nome de nós, Humanidade!

Humanidade, escuta teu eco!
Das entranhas dos oceanos,
Rumo ao espaço sideral ...
Terceiro milênio...
Tudo leva tua marca, teu domínio!
Nas mãos da raça, a eternidade do sistema!

Humanidade, silencia teu eco.
Tua alma satisfaça teu ego.
A Mãe Natureza é quem por socorro clama!
Humanidade, tenha humanidade, Humanidade!
Humanidade, tenha humanidade, Humanidade!
Mesmo que seja por piedade, ó Humanidade!

Ah, como lamento saber as coisas que sei
Lamento ver as coisas que vejo...