sábado, 25 de setembro de 2010

Ditos populares (origens)

A cobra vai fumar

Vivia-se o governo Getúlio Vargas. Os nazistas tomando Europa e apavorando o Mundo.

O ditador verde-amarelo se manteve no fio da navalha, no aguardo, criando simpatia com os alemães.


O sarro veio no dizer que seria mais difícil o Brasil entrar na 2ª guerra mundial, que uma cobra fumar.


No entanto, o Brasil foi à guerra e elegeu a "cobra fumando" como símbolo da Força Expedicionária Brasileira.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Arma!

Peguei a palavra ARMA e separei suas letras.

Depois, juntando em nova ordem, busquei outros significados...

Arma!

Nos dias de violência idos e vividos, em qualquer ocasião, é terrível substantivo.

Concreto quanto ao estrago que causa.

Não importa se de leve porte.

Quem passou por situação de ter uma arma de fogo apontada para si.

Em circunstância de assalto ou diferente agressão, sabe o temor da bala.

Mesmo que seja perdida.

E quem vive em região de conflito, o que sofre por ser alvo aleatório de arma pesada na linha do combate?

Desnecessário é nomear os membros desta ampla família.

Mas que seja: pedra, canivete, faca, pau, porrete, chicote, canhão, bactérias, e tantas se fazem válidas dependendo o uso e caso.

Uma caneta. A mão que escreve. A língua que fala.

A palavra que denuncia, também oprime.

E, assim pensando, tudo pode ser arma. Do sentimento atroz à bomba nuclear, o que destrói é arma.

Arma! Das letras contidas forma-se de seu início: AR.

Esse que respiramos. Ele que significa o princípio básico da existência humana.

E, nessa averiguação, é o contraponto do efeito mortal acima sugerido.

O ar fica mais leve com tua presença, dizem os enamorados.

Você deu o ar da graça, comenta o lisonjeiro.

Você está com ar de quem não quer nada, replica o decepcionado.

Ar, ar, ar, eu quero ar! Liberdade, dirá o prisioneiro...

E a idéia segue em nova praia.

Dividida e acrescida. MAR! O mar é minha alforria, observa o marujo no cais.

As ondas são servis, amada! Aos teus pés o mar termina...

Aguarde-me, eu sou a maré que avança e inunda a terra sobre a RAMA verdejante que o teu corpo há de fazer florir...

Decomposta a palavra absorvo o dissabor. E não importando a forma transformo o conteúdo.

AR, MAR e RAMA são derivações de igual tronco.

Mais uma cabe. A mais importante, talvez. O verbo transitivo e radiante: AMAR! AMAR! AMAR

Eis o projétil. Eis meu vínculo com a vida!

Amar é a arma de meu constante disparo!

Marco Pezão

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Vivendo poesia, com Paulo D'Auria

Paulo D'auria declama no Sarau na Casa Mário de Andrade...

O atual movimento dos versos é festa diária e nos proporciona leque de amizades crescente. Em cada sarau, novos companheiros passam a fazer parte de nosso convívio.

Conheci o entrevistado de hoje no recital dos Poetas da Casa. Dali em diante foram vários encontros e a poesia, claro, sempre a pauta preferida.

O Circulando Versos abre novo arquivo e nele pretendemos mostrar e conhecer um pouco mais dos anônimos poetas, cujo fazer poético é encarado como verdadeira missão.

Com vocês, Paulo Virgilio D'Auria, pertencente ao grupo Poetas do Tietê. Ele tem 44 anos, é casado e mora na Freguesia do Ó.

Pé - Como a poesia passou a fazer parte da sua vida? Qual autor preferido?

Paulo - Escrevo poesia desde criança. Recentemente encontrei um poema escrito aos 11 anos. A poesia é algo inexplicável que já estava dentro de mim quando nasci. Meu poeta preferido é Drummond.

Pé - Como você vê o atual movimento poético? A quantidade de saraus espalhados por Sampa.

Paulo - Não sei se podemos ver com clareza a importância desse movimento em torno da poesia, talvez isso só possa ser mensurado daqui há muitos anos. De qualquer maneira, esses saraus alargam o foco da poesia contemporânea para uma poesia mais popular, de fácil entendimento, bem diferente da poesia publicada pelas editoras especializadas e da poesia contemporânea estudada nas academias, que é uma poesia intelectualizada demais.

Pé - A cultura (em nosso caso a poesia) pode levar a uma melhora política e social no país?

Paulo - Tenho certeza que sim. O problema do país é o pouco investimento em educação e cultura.O país vive uma crise ética e o brasileiro só vai se livrar dessa mordaça de ignorância com cultura e e educação.

Pé - A literatura está a serviço do social?

Paulo - A literatura tem que viver o seu tempo, ser um testemunho do lugar onde é produzida. A literatura na Suécia talvez não precise estar a serviço do social, mas no Brasil, se não o fizer, estará se omitindo. Quem produz literatura em um país como o Brasil é um privilegiado que teve acesso à cultura, e ele precisa devolver à sociedade um pouco desse privilégio que ela lhe propiciou. Não é uma questão de obrigação, mas de consciência.

Pé - O comentário que fica?

Paulo - Acessem Poetas do Tietê: http://poetasdotiete.blogspot.com

Fiquem com poema de Paulo D'Auria...

Televisão de Cachorro

O menino de rua

Aprendeu a jogar videogame

No computador do supermercado,

Como se um motorista de praça

Num atalho para o corcovado

Pousasse na lua,

Como se um sertanejo

De uma lágrima

Fizesse chuva,

Como se um apaixonado,

De tão enamorado,

Tirando a sorte no realejo,

Ouvisse anjos.

Mas a graça do moleque

Não durou muito, sinto muito,

Pivete, disse o gerente,

Mas isso é brinquedo de gente.

- E eu sou o quê?

- Sei lá quem é você!

Mas esse computador branco,

Limpo e resplandecente

Não é fliperama!

Cadê sua mãe, me chama,

Me chama ela aqui!

- Não tenho mãe, não senhor,

Sou preto, sujo e pobre,

Mas sou mais gente

Que esse computador!

Mais gente que o nobre vendedor!

Nesta altura dos acontecimentos

O segurança entrou na dança

Expulsando o garoto do estabelecimento,

- Circulando, se manda!

Na vitrine, tal qual televisão de cachorro,

Ainda namorou o PC,

Agora, lá vai o moleque subindo o morro,

Como se o taxista acabasse extraviado,

De tanto pranto, o sertanejo terminasse descarnado,

E sozinho, o pobre namorado.

Assim termina o samba

Do menino que só queria ser feliz,

Mas a vida não quis.

(Entrevista via e-mail: as respostas às perguntas e o poema foram enviados por Paulo D'Auria ao blogueiro Marco Pezão)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ai, Ai, Ademar! A sub-prefeitura aí não é séria!

Esse pessoal da poesia é perigoso. Eles traficam palavras, ideias e otimismo...

- Dá licença, Ademar!

- Sacanagem!


- A gente tava lá...


- E tem que engolir conversinha de propaganda oficial.


Então, no domingo, 12, aconteceu o sarau comemorativo aos dois anos do Coletivo da Ademar.


A sub-prefeitura da Cidade Ademar não pôs nenhum. Aliás, impõe dificuldades. Perda de tempo em idas e vindas.


Nem iluminação, cadeiras, mesas, água, banheiro químico. Só enrolação e a recusa em cima da hora.


Não pensem que o evento ia acontecer numa praça ou rua, tal a necessidade básica do pedido.


Pasmem! O converseiro poético aconteceu na quadra poliesportiva de nome Espaço Ecoponto Cupecê!
O local está abandonado. Entregue aos ratos.

Em busca de sede própria e na tentativa de revitalizar o local, mesmo contra todas as adversidades de infraestrutura...

O pessoal da Ademar se dispôs e fez a maior festa da poesia, em toda sua multiplicidade, colorido que durou sete dias direto.


Uma semana com diversas programações.


Sem o menor apoio! A sub não ajuda ninguém na subida. Perderam a chance de contribuir numa coisa legal. Benéfica em todos os sentidos.


As fotos e matéria do dia 12 estão no arquivo: Palavra poder para o povo! Não para esse!


Me assusto. Sempre incompreensível dialeto. Diz que faz e propagandeia. Neste caso, falsas noticias. A começar do título.


Bem, saiu matéria no site da subprefeitura e a politicagem publica o absurdo do surdo. Como se eles tivessem movido ao menos um alfinete.


http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/cidade_ademar/noticias/?p=13594


Abaixo, na íntegra. Leiam e comparem!

Esse é o fato da foto. Do lado de cá os banheiros não apresentam qualquer prenúncio de reforma. As paredes e tetos estão com reboco queimados. Atente ao que a politicagem fala:

Sarau da Ademar passa por Americanópolis no Domingo

"No próximo domingo, (15), o grupo de incentivo a cultura ‘’ Sarau da Ademar’’ vai realizar a sua primeira apresentação no Espaço Ecoponto Cupecê com a parceria da Subprefeitura de Cidade Ademar, Rua Anália Maria de Jesus, 130. O espaço que ainda passa por reformas de vestiários e da quadra já sediou alguns eventos em 2010, todos resultados da integração comunidade/poder público.

O grupo de jovens ‘’Sarau da Ademar’’ completa no próximo mês de setembro 2 anos de existência e de incentivo a cultura nos bairro de Cidade Ademar e Pedreira, e entraram em contato com a Subprefeitura em busca de um novo espaço para trabalhar com a comunidade. Uma vez por mês os amigos se reúnem em um espaço da região e trabalham junto com moradores uma série de oficinas: Teatro, poesia, oficinas de papel reciclado e trabalhos de leitura. Cada apresentação do grupo é única, isso pelo fato de todo mês um tema diferente do mês anterior é apresentado, no mês de agosto o folclore brasileiro será representado no miolo do bairro de Americanópolis as 16h00.


Segundo Lidiane Oliveira Ramos, uma das idealizadoras do projeto: ‘’O passo agora é firmar uma parceria cultural com a Subprefeitura para que possamos utilizar um espaço todo mês, a idéia é interagir mais com o público e criar uma referência na região’’.


A Subprefeitura de Cidade Ademar já investiu muito na questão cultural em 2010, entre exposições artísticas, festas para a comunidade e eventos segmentados, foram mais de 40 as ações realizadas este ano, com a participação de moradores".

Depois da inicial iluminação dos faróis, uma vizinha amiga cedeu um ponto de luz para uma extensão de mais de cem metros. Na raça, fez-se acesa a lâmpada...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cata Verso da Moóca e o Auxílio-Invalidez

O Ivan Ferretti Machado organiza o sarau Cata Verso da Moóca e enviou simpático convite a este blogueiro, e eu repasso a todos os seguidores do nosso Circulando Versos.

O Ivan Ferretti é poeta e contador de causos, sempre explorando veia humoristíca em seus textos e declamações. Aqui publico uma das suas histórias de Minha mulher briga comigo:

"Depois de aposentar-me, fui até o INSS para poder receber meu benefício.

A mulher que me atendeu solicitou minha identidade para verificar minha idade. Chequei meus bolsos e percebi que a tinha deixado em casa.

Disse à mulher que lamentava, mas teria que ir até minha casa e voltar depois. A mulher disse:

- Desabotoe sua camisa.

Então, desabotoei minha camisa deixando exposto meus cabelos crespos prateados. E ela disse:

- Esses cabelos prateado em seu peito é prova suficiente para mim.

E processou meu benefício. Quando cheguei em casa, contei entusiasmado o que ocorrera para minha esposa. E ela disse:

- Por que você não abaixou as calças? Você poderia ter conseguido auxilio-invalidez pro resto da vida também...

Faz uma semana que não converso com ela".

CATA VERSO DA MOÓCA

NO BAIRRO MAIS ROMÂNTICO DE SÃO PAULO
O SARAU MAIS CHARMOSO DA CIDADE

DIA 25 DE SETEMBRO (Último Sábado do Mês)
A PARTIR DAS 15:00 HORAS

O MELHOR DA MPB
E MUITA POESIA PARA ESQUENTAR OS CORAÇÕES

ABERTO A TODOS OS POETAS QUE QUEIRAM PARTICIPAR

LOCAL
NÚCLEO DE TERAPIAS FLOR DE LÓTUS
RUA GUAIMBÉ, 48 – MOÓCA
Altura do número 1300 da Av. Paes de Barros
Ônibus Vila Alpina no Metro Bresser

Atenciosamente

Ivan Ferretti Machado

Aí, o meu amigo Ivan Ferretti participando do Sarau da Casa.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Que flagra!

O poeta e declamador (dos bons) André Luiz Prieto em descontraído momento durante o sarau.

domingo, 19 de setembro de 2010